Maria Patrícia Lopes Goldfarb
No Brasil encontramos um considerável número de trabalhos sobre ciganos, que retratam as origens, tradições, cultura, modos de vida, linguagem, interações com não ciganos, etc. Alguns pesquisadores se preocupam em delimitar uma espécie de “ciganidade”, e acabam construindo uma imagem genérica de cigano, atando tal imagem a determinados atributos, tais como o “nomadismo” ou o “isolamento social” em que vivem ou foram obrigados a viverem com os processos de sedentarização. Parte considerável da literatura acadêmica reproduz a ideia de cigano enquanto membro de “tribo” ou “cultura”, formada por regras e lógica específicas, cujos atributos culturais dariam conta desta “unidade” sociocultural. Para além deste imaginário, que acabou por marginalizar e excluir os ciganos de um real exercício de cidadania, com a ausência de direitos humanos e sociais básicos, as demandas ciganas existem, e passaram a fazer parte da agenda política do Estado Brasileiro, com a efetivação de políticas públicas, assando a serem vistos e a se verem como grupos tradicionais, e como tal demandando direitos correlatos.
E o melhor é que está disponível gratuitamente no site da editora da UFPB.
Abaixo o link para o download:
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